
Os destaques sobre o preço do etanol na semana de 28 de junho a 4 de julho:
- Preço médio da gasolina subiu 1,04% e o do etanol, 1,03%
- Na média nacional, o preço do combustível renovável correspondeu a 67,3% do valor de comercialização do fóssil
- O consumo de etanol segue economicamente vantajoso para os motoristas de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso
- O preço do etanol nos postos subiu em 19 estados e no Distrito Federal, caiu em seis e se manteve na Paraíba
- O renovável voltou a cair nas usinas de Mato Grosso, São Paulo e Goiás

O preço do etanol nas usinas dos principais estados produtores do país voltou a cair na semana de 28 de junho a 4 de julho. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP, o hidratado registrou queda de 1,08% em São Paulo, de 0,88% em Mato Grosso e de 2,52% em Goiás.
Porém essas reduções ainda não se refletiram nos postos, onde os preços dos combustíveis aumentaram no mesmo período, seguindo a tendência observada desde maio. Nas bombas, os valores têm acompanhado o aumento na demanda, com o afrouxamento das recomendações de isolamento no combate à pandemia de coronavírus.
Conforme levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre 28 de junho e 4 de julho, o preço do etanol nos postos do país subiu 1,03%, passando de R$ 2,709 por litro para R$ 2,737/l.
Para a gasolina, o aumento foi similar: 1,04%, passando de R$ 4,022/l para R$ 4,064/l. Com esta variação ligeiramente maior, a relação entre os preços caiu 0,15%, ficando em 67,3% – isto manteve o etanol abaixo da linha de competitividade comercialmente estabelecida em 70%.
Além disso, mesmo com os aumentos observados nas últimas semanas, o preço do renovável segue abaixo de R$ 3,00 na média do país, diferentemente do observado no início do ano.

Variação nos estados
De acordo com os dados da ANP, na semana de 28 de junho a 4 de julho, o preço médio do etanol registrou aumentos em 19 estados e no Distrito Federal, reduções em seis e manutenção na Paraíba. Enquanto isso, a gasolina só não subiu no Amazonas e no Piauí.
Ainda assim, o consumo do biocombustível segue economicamente vantajoso apenas para os motoristas de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.

Em São Paulo, estado que mais produz e consome etanol no país, o renovável subiu 0,83%, chegando a R$ 2,544/l, ainda o segundo menor valor da análise. Como a gasolina subiu menos, 0,44%, a relação entre os preços aumentou para 65,8%, ainda favorável para o etanol.
Já Mato Grosso registrou um aumento de 1,04% para o biocombustível, mas manteve o menor valor do país: R$ 2,437/l. A gasolina subiu um pouco mais, 1,15%, fazendo com que a relação entre eles caísse para 61,5% e reafirmando o estado com o etanol mais competitivo do país.
Por sua vez, Minas Gerais registrou o aumento de 1,09% para o renovável, chegando a R$ 2,793/l. Como a gasolina subiu menos, 0,7%, a relação entre os preços teve uma leve elevação e foi para 67%, ainda favorável para o biocombustível.
Goiás também apresentou aumento para o renovável, de 0,72%, chegando ao custo médio de R$ 2,796/l. Já a gasolina subiu mais, 1,43%, fazendo a relação entre os preços cair mais uma vez e chegar a 67,9%, favorecendo o etanol.
No Paraná, o biocombustível subiu 2,71%, o segundo maior aumento da análise, e a gasolina, 2,56%. Desta forma, a relação entre os valores também subiu, chegando a 73% e mantendo o biocombustível acima do limite considerado favorável para os consumidores.
O estado apresenta o segundo indicador mais alto dentre os seis grandes produtores. O primeiro, Mato Grosso do Sul, chegou a 75,5% na análise mais recente. Embora esteja acima do limite da competitividade para o renovável, o estado atingiu o menor valor desde outubro de 2018.

Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2001 estão disponíveis na planilha interativa (exclusivo para assinantes). Também estão disponíveis gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Fonte: novaCana.com